segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A culpa é do @Vinny


Sempre penso que se eu tivesse que jogar a culpa em alguém, por eu ser uma garota romântica (apesar de nem sempre agir como uma), seria no Sr. Vinicius de Moraes. Sim, o meu grande poeta me fez acreditar  com suas canções que o amor era uma coisa que não é...pelo menos hoje em dia.

Imagino, tristemente, que se Vinicius de Moraes fosse da geração Y, provavelmente ele seria um @Vinny, cuja bio traria as informações: poeta desencantado, trocando os amores de Ipanema por uma piriguete que desça até o chão.

Triste, não?

Pois é. Fui uma adolescente atípica (talvez eu seja um ser humano atípico) que trocava New Kids On The Block pela ginga da bossa nova. Cresci ouvindo nossos grandes brazucas dedilhando violões, em suas rodas regadas a cerveja, cigarro, amizade e poesia.  E sempre achei que meu futuro seria assim. Mas não!  Cada vez fico mais desapontada com a promiscuidade dos relacionamentos. E quem me conhece sabe que não sou careta.

Aquele carinho que o poeta expressava pelas mulheres, pelos amigos e pelos relacionamentos, sumiram das músicas. E pior, sumiram da vida das pessoas.

Cerveja já não basta. A galera precisa de zilhões de drogas para se “sentir” feliz.

Amigos reais já não valem. As pessoas precisam ser populares, para terem seguidores que nem sequer sabem quem elas são.

Um amor já não vale. É preciso colecionar fodas, swingues, surubas.

Sei lá, mesmo que os anos 60 tenham sido uma época de repressão, sem muito desenvolvimento tecnológico e economia capenga, ainda assim queria ter crescido lá, para pelo menos testar na prática o que meu @Vinny cantava na teoria.

E pra finalizar...só uma brincadeirinha de um video que vi hoje e que fala um pouco sobre essa "modernidade":


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